Gerencie corretamente os recursos de sua escola

Olá,

No post de hoje falaremos sobre a responsabilidade do gestor e proprietário em relação a administração correta dos recursos financeiros da empresa, tão vital para a sua sobrevivência a médio e longo prazo.

Não é de hoje que ouvimos sobre empresas que encerram suas atividades nos primeiros anos de vida e isso independente do ramo de atividade ou região do País. De um modo geral, como apontou o IBGE em dados divulgados no final de 2016, de cada 10 empresas, 6 fecham as portas antes de completar 5 anos.

Isso é alarmante e são inúmeros os motivos que podem levar ao fechamento precoce das empresas, entre os principais estão a falta de capital de giro, baixos lucros, alto endividamento, baixo nível de gestão empresarial, conflito entre sócios, falta de experiência, inadimplência e falta de clientes.

Somados a todos esses motivos, existem ainda as crises, que insistem em nos rodear de tempos em tempos, o que torna o desafio do pequeno empreendedor mais árduo ainda.

Porém, existem empresas que tem muita receita, alto potencial, mas acabam fechando as portas. Um dos motivos pode ser o próprio empreendedor, que mesmo de forma não intencional, pode sabotar o próprio negócio. Isso ocorre quando não há um correto entendimento de algumas práticas essenciais para o sucesso de qualquer empreendimento, são eles:

• Investimento x retorno: Toda a empresa quando aberta requer um investimento e a operação da empresa deve proporcional um retorno a quem investiu, mas esse retorno não é imediato. Existe um tempo para que a empresa possa começar a distribuir lucro ao proprietário ou investidor e se o gestor tentar antecipar isso estará comprometendo a empresa. Por isso é importante iniciar um negócio com o capital de giro reservado, para que o proprietário possa esperar o momento de poder retirar recursos.
• Pró-labore x distribuição de lucro: Existe uma diferença entre eles: pró-labore é o valor que o proprietário deve receber por trabalhar na empresa e a distribuição de lucros independe desse trabalho, pois ela é a remuneração pelo investimento feito na empresa. Mais importante que saber a diferença é ter critérios para as retiradas, não podemos estipular o pró-labore por imposição, temos que definir valores possíveis de ser pagos, dentro da realidade.Distribuição de lucros só é feita quando existe lucro, não podemos olhar para o caixa no final do mês e distribuir um valor sem qualquer critério, devemos primeiro apurar o lucro real e fazer a distribuição aos sócios. É importante também que uma parte dos lucros fique na empresa para eventuais imprevistos e também para reinvestimento, evitando assim usar recurso da operação.

  Devemos olhar com carinho para as nossas empresas, analisando com cuidado o uso dos recursos. Quantas vezes os proprietários fazem retiradas sem critério do caixa da escola para finalidade pessoal e nem se quer totaliza isso no final do mês ou executa trabalhos de marketing fantásticos, com muitas matrículas, gerando um bom capital para a empresa, mas imediatamente trocam de carro ou usam os recursos para fins pessoais deixando sua escola com pintura desbotada, máquinas defasadas, colaboradores desmotivados, entre outros.

  Claro que existem as necessidades pessoais, mas temos que ter critérios para utilizar corretamente as entradas de receita, o pró-labore e a distribuição de lucros, só dessa forma iremos criar um ciclo virtuoso, onde as retiradas justas e coerentes permitem a sobrevivência e o crescimento de nossas empresas, mantendo empregos e ajudando a melhorar as estatísticas de sobrevivência empresarial em nosso País.

  Abraços e um ótimo dia a todos!